terça-feira, 29 de setembro de 2009

Verdadeiro Amor

"Por vezes a minha dor é esmagadora, e embora compreenda que nunca mais nos voltaremos a ver, há uma parte de mim que quer agarrar-se a ti para sempre. Seria mais fácil para mim fazer isso porque amar outra pessoa pode diminuir as recordações que tenho de ti. No entanto, este é o paradoxo: Embora sinta muitíssimo a tua falta, é por tua causa que não temo o futuro. Porque foste capaz de te apaixonar por mim, deste-me esperança, meu querido. Ensinaste-me que é possível seguir em frente com as nossas vidas, por mais terrível que tenha sido a nossa dor. E à tua maneira, fizeste-me acreditar que o verdadeiro amor não pode ser negado."
Nicholas Sparks

domingo, 20 de setembro de 2009

Os dias Cinzentos, as noites frias...

Chegou o, esplendoroso,Outono a estação do ano que eu mais gosto....O sol ainda brilha, intensamente, é uma doçura infinita, mas não tarda e o cinzento tomará conta dos nossos dias. Para uns a cor destes dias tomam conta da sua alma, trazendo uma inspiração fenomenal, para outros o frio convida ao calor humano, à partilha de momentos quentes, fazendo frente ao frio, próprio destes dias. As folhas secas caem, as árvores renovam-se, as ruas desertas ganham uma nova vida e cor, convidando-nos a passeios magníficos. O dourado, o branco, o amarelo, o laranja, o verde formam uma mescla de cores possíveis não só de olhar, mas acima de tudo de sentir...
O som da chuva a cair, o barulho do vento nas árvores, convida à paz do lar, aos afectos, aos serões em família. Os pingos da chuva são como as lágrimas que neste universo descem pelo rosto de quem sofre, o vento é o ar que renova o nosso ser... Que Universo belo é este onde nós vivemos... Porque por vezes parece tão difícil viver ou sobreviver, se só temos esta oportunidade para cá estar...
É tempo de contradição, é tempo reflexão, as noites convidam a ficar sozinho a sentir saudades do possível e do impossível....O vento sopra leva e traz recordações, sente-se a profundidade dos sentimentos, mil e uma sensações...Uns embalam os filhos, outros procuram trilhos, uns recuperam o Amor, outros esquecem o rancor....Uns pensam o quão felizes tinham sido, outros pensam o quão felizes podiam ser...
O Outono tem recantos, troncos indecisos cercados por sombras envolventes, os ramos estão húmidos e humildes. Banho lustral é ausência deste tempo de pés bem assentes na terra em puro esquecimento e genuíno desconhecimento. E vamos perdendo de nós mesmos, vamos dispersos em bocados, vítimas do vento.
Ficando aqui, ali,nalgum lugar que amamos... Nada mais há quem prometa quem somos? Que dizemos?
A vida nem sempre nos faz sorrir, a vida jamais voltará atrás...Vivemos à procura da oportunidade e quando ela chega, deixamos que o vento a leve para longe, deixando a dor e o medo, como as folhas das árvores que vão, docemente, caindo até encontrarem o chão para depois servirem de tapete ...
Na vida, alguém nos faz brilhar, alguém nos faz acreditar em coisas boas, alguém nos mostra a porta destrancada, alguém nos estende a mão quando nós mais precisamos, porque, sempre existe alguém na vida de todos nós...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um Refugio



Num destes fins-de-semana de Verão fugi da confusão e fui reviver o passado. Voltei a sentir a genuidade das pessoas, o cheiro da terra e escutei os mais belos Cânticos dos pássaros daquela região. Foi em pleno Alentejo num desses turismos rurais, depois de caminhar por entre montes e vales, que tão bem espelham a nossa vida, cheia de altos e baixos. Ao caminhar ia encontrando montes tão isolados que cheguei a pensar que não pudesse ali viver ninguém, mas estava enganada, e de quando em vez encontrava um senhor ou uma senhora que por ali trabalhavam a terra.

Mas, que seres tão genuínos, que se apressavam a cumprimentar-me tão rápido quanto possível, para que eu tivesse tempo de lhes conrresponder, o sorriso rasgado no seu rosto denunciava satisfação por aquele momento.

Nesses instantes uma questão surgia no meu íntimo. Porque as pessoas não são assim em todo o lado? Porque para uns é tão difícil dizer um simples Bom dia ou Boa tarde.

À chegada ao monte (Hotel Turístico), encontrei uma casa tipicamente alentejana, onde o único vestígio de modernidade que vislumbrei foi uma piscina de água salgada. Não demorou muito e comecei a ouvir o chilrear dos pássaros o rosnar dos burros e os chocalhos das ovelhas que por ali pastavam. Ao contemplar a paisagem assisti a uma mescla de cores, desde o rosa e o azul passando pela terracota, senti uma atmosfera eclética e acolhedora um clima de tranquilidade num ambiente zen.

Fui amavelmente recebida e acolhida num quarto também ele decorado com flores do campo que emergiam no ambiente um perfume que, quase, não existe. Com o objectivo de descansar não perdi tempo e rapidamente vesti o meu biquíni e fui para um lindo alpendre junto de uma piscina, deitei-me numa das redes que por ali se encontravam e senti um silêncio profundo, que só era interrompido pelos animais que por ali pastavam e pelos pássaros que não se cansavam de me presentear com os seus cânticos. Ao sentir a paz e todo aquele ambiente de tranquilidade, onde o barulho dos carros e a correria das pessoas não tem lugar, pensei. Será assim o paraíso? Como a minha vida tinha mais sabor e sentido se pudesse viver assim todos os meus dias. Eu nasci num cenário muito próximo àquele e quase já estava esquecido.

Depois de alguns banhos de piscina e de um merecido descanso, resolvi ir explorar a paisagem, agarrei uma bicicleta, há tantos anos que não andava que pensei já ter perdido o jeito, mas ao certo não perdi. Entre subidas e descidas, o meu pensamento vagueava pelas pessoas que me são queridas.
Ao regresso ao quarto tomei um duche rápido para não perder tempo e fui saborear um sublime jantar num restaurante típico da região, onde os sabores se enquadram na perfeição com a natureza dos campos. Rapidamente voltei ao monte, como meu refugio, deitei-me numa cama de rede e com o céu como tecto contemplei o luar. A lua e as estrelas brilhavam mais do que alguma vez eu tivesse visto. Nesse momento, pensei em todos os que me são queridos, em todos os que já vivem no mundo das estrelas e só desejei, Paz e Amor no coração de todos.

Na manha seguinte os galos madrugadores deram uso à sua garganta e deram as boas vindas ao sol e a todos os que por ali descansavam.
Depois de vivenciar esta experiência tive a certeza de que a paz o amor e o respeito pelo próximo e pela Natureza são as chaves para que vivamos bem connosco e com os outros...

domingo, 6 de setembro de 2009

A Era da Intolerância


Neste mundo revolto e acelerado, onde as pessoas pensam mais no ter e não no que têm para fazer, as injustiças e a intolerância saltam à vista até dos mais desatentos.
Diariamente, assistimos de forma involuntária a atitudes de pura intolerância e egoísmo, numa fila de transito, numa discussão mais acesa sobre futebol, ou algo, que no fundo nem lhes digam respeito, os ânimos exaltam-se, o que deixa qualquer um num estado de nervos.
Frequentemente, somos confrontados com notícias nos meios de comunicação social, que nos dão conta de situações extremas, onde o marido tira a vida à sua esposa, e por vezes até aos filhos, ou o vizinho que resolve fazer justiça pelas próprias mãos e manda o fulano para o hospital.
Nunca nos meus 30 anos de vida ouvi falar tanto de casos extremos, onde a vida é retirada por motivos fúteis,«como se houvesse motivo possível para alguém por fim ao que temos de mais precioso neste mundo que é a VIDA».
Qual será o fenómeno que está a mexer com a cabeça das pessoas? Pergunto-me eu no meu puro desconhecimento.
É certamente um fenómeno que deveria ser estudado pelos entendidos na matéria.
Eu só gostava que as pessoas começassem a adoptar uma postura mais calma e tolerante na sociedade e em todos os quadrantes, e não descarregassem as suas frustrações e problemas nos outros. Comportamento gera comportamento, está nas mãos de todos nós construirmos um mundo de paz, solidariedade, tolerância e amor para que possamos viver o tempo que nos resta da melhor forma possível.