terça-feira, 8 de setembro de 2009

Um Refugio



Num destes fins-de-semana de Verão fugi da confusão e fui reviver o passado. Voltei a sentir a genuidade das pessoas, o cheiro da terra e escutei os mais belos Cânticos dos pássaros daquela região. Foi em pleno Alentejo num desses turismos rurais, depois de caminhar por entre montes e vales, que tão bem espelham a nossa vida, cheia de altos e baixos. Ao caminhar ia encontrando montes tão isolados que cheguei a pensar que não pudesse ali viver ninguém, mas estava enganada, e de quando em vez encontrava um senhor ou uma senhora que por ali trabalhavam a terra.

Mas, que seres tão genuínos, que se apressavam a cumprimentar-me tão rápido quanto possível, para que eu tivesse tempo de lhes conrresponder, o sorriso rasgado no seu rosto denunciava satisfação por aquele momento.

Nesses instantes uma questão surgia no meu íntimo. Porque as pessoas não são assim em todo o lado? Porque para uns é tão difícil dizer um simples Bom dia ou Boa tarde.

À chegada ao monte (Hotel Turístico), encontrei uma casa tipicamente alentejana, onde o único vestígio de modernidade que vislumbrei foi uma piscina de água salgada. Não demorou muito e comecei a ouvir o chilrear dos pássaros o rosnar dos burros e os chocalhos das ovelhas que por ali pastavam. Ao contemplar a paisagem assisti a uma mescla de cores, desde o rosa e o azul passando pela terracota, senti uma atmosfera eclética e acolhedora um clima de tranquilidade num ambiente zen.

Fui amavelmente recebida e acolhida num quarto também ele decorado com flores do campo que emergiam no ambiente um perfume que, quase, não existe. Com o objectivo de descansar não perdi tempo e rapidamente vesti o meu biquíni e fui para um lindo alpendre junto de uma piscina, deitei-me numa das redes que por ali se encontravam e senti um silêncio profundo, que só era interrompido pelos animais que por ali pastavam e pelos pássaros que não se cansavam de me presentear com os seus cânticos. Ao sentir a paz e todo aquele ambiente de tranquilidade, onde o barulho dos carros e a correria das pessoas não tem lugar, pensei. Será assim o paraíso? Como a minha vida tinha mais sabor e sentido se pudesse viver assim todos os meus dias. Eu nasci num cenário muito próximo àquele e quase já estava esquecido.

Depois de alguns banhos de piscina e de um merecido descanso, resolvi ir explorar a paisagem, agarrei uma bicicleta, há tantos anos que não andava que pensei já ter perdido o jeito, mas ao certo não perdi. Entre subidas e descidas, o meu pensamento vagueava pelas pessoas que me são queridas.
Ao regresso ao quarto tomei um duche rápido para não perder tempo e fui saborear um sublime jantar num restaurante típico da região, onde os sabores se enquadram na perfeição com a natureza dos campos. Rapidamente voltei ao monte, como meu refugio, deitei-me numa cama de rede e com o céu como tecto contemplei o luar. A lua e as estrelas brilhavam mais do que alguma vez eu tivesse visto. Nesse momento, pensei em todos os que me são queridos, em todos os que já vivem no mundo das estrelas e só desejei, Paz e Amor no coração de todos.

Na manha seguinte os galos madrugadores deram uso à sua garganta e deram as boas vindas ao sol e a todos os que por ali descansavam.
Depois de vivenciar esta experiência tive a certeza de que a paz o amor e o respeito pelo próximo e pela Natureza são as chaves para que vivamos bem connosco e com os outros...

2 comentários:

  1. Ola mana. Sim tudo o que viste existe e è ca o alentejo que mais se ve esse tipo de pessoas generosas e humildes que nao tem qualquer tipo de problema em dizer um bom dia ou boa tarde, que estao sempre prontas para ajudar quando precisas...
    beijos grandes

    ResponderEliminar
  2. Ola mana mais uma vez estou no teu cantinho, nao me canso de aqui vir e ler as coisas lindas que escreves... es linda e muito querida.
    beijos grandes da tua sobrinha que tambem gosta que eu leia para ela tudo o que a querida tia escreve. bejocas grandes

    ResponderEliminar